quarta-feira, 28 de março de 2012

Valores

Ainda não sei dizer muito bem se consigo entender as atitudes de ambos os sexos. Não sei se é instinto ou futilidade.

Meu conhecimento acerca do pensamento e dos impulsos humanos não é muito profundo, não estudei sobre isso, especificamente, mas costumo ler e pensar a respeito do assunto.

Vejo homens e mulheres se relacionando de uma forma inacreditável. Ambos buscando o ideal imposto pela mídia e pela sociedade atual. Querem o corpo perfeito, semicoberto pelas roupas perfeitas, cujos bolsos estão lotados de dinheiro. O que mais desejam? NADA.

Minha mente, talvez repleta de pensamentos arcaicos, não consegue compreender a razão desses valores tão “inúteis”.

O motivo pelo qual comecei a pensar sobre isso é um temor crescente. Temor da decadência da sociedade (intelectual, moral e socialmente).

Pode até parecer pessimismo, mas o que vejo é real. Não é simplesmente um homem olhando fixamente o traseiro e os seios de uma mulher, ou uma mulher olhando braços e peitoral de um homem. É a busca pelo irreal. Mulheres realizando inúmeras cirurgias plásticas, insatisfeitas com seus corpos e homens ingerindo substâncias para que seus músculos fiquem mais aparentes. Qual o objetivo disso?

As mulheres têm se colocado em uma posição de objeto sexual, o que leva muitos homens a acreditar que são apenas isso, um objeto a ser manuseado e descartado. E quantas pessoas estão felizes em relacionamentos, hoje em dia? É um ciclo vicioso.

A mulher se coloca dentro dos padrões de beleza e “gostosura” da televisão e das revistas, o homem se sente imensamente atraído, one-night-stand, vazio interior, busca por algo que possa suprir a carência, falta de autoestima, necessidade de se colocar nos padrões ou acima dele, e assim vai.

O homem precisa provar que é “macho” de verdade, seleciona as mulheres que mais se assemelham às modelos das revistas para sentir-se poderoso, one-night-stand, trata a mulher como objeto, pois é assim que ela se apresenta, vazio interior, e tudo se repete.

No final, quem vai se importar em discutir algo além do tamanho da lingerie da loira do bar de sexta-fera? Quem vai querer saber se há realmente wormholes?

Será que estamos fadados à solidão? Ou a uma relação vazia, baseada em imagem e ilusões? Será que não existe felicidade para os gordinhos? Serão obrigados a entrar semanalmente em uma dieta diferente, agredindo seu organismo e baixando sua autoestima? Deixarão de preocupar-se com a mente para preocupar-se com o corpo?

É com tanta tristeza que escrevo esse texto... A sociedade está cada vez mais magra, doente e vazia.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Copa

É incrível como a Copa do Mundo pode ser uma coisa... Bizarra! Nesse caso, me refiro aos homens, é claro!

Fico me perguntando, "pra quê tanta exaltação e comentários durante um jogo do Brasil?" Não estou vetando qualquer tipo de torcida, explosão de felicidade, lágrimas de emoção, nem nada. Podem comemorar o quanto quiserem. O problema reside no fato de homens + cerveja + homens + Brasil jogando + vuvuzelas + homens + comida = ZONA.

Sim, é deplorável. Como disse, não ligo para a torcida, a comemoração, acho interessante... O negócio que me irrita é a competição de quem grita mais alto!!!

Para ser sincera, fica até difícil apreciar o jogo. Parece até que através disso conseguirão demonstrar quem é mais macho! Pobres mortais. Só o fato de haver essa reunião de um grande número de seres do sexo masculino já diz tudo: competição. Já falei sobre esse tema, e a cada dia que passa tenho mais certeza!

Será que eles crescem algum dia? (Quero ouvir o jogo, pô!)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

TPM - De novo (Como todos os meses)

Depois de um século de reclusão e meditação, voltei. Apesar de ter voltado com inúmeras idéias e fatos para contar, não poderia deixar passar esse ocorrido. As mulheres com certeza entenderão o que se passava dentro de mim, e os homens não – o que já era de se esperar (sem ofensas).

Era o segundo dia de venda dos ingressos do show do Metallica. Havia uma fila gigantesca na Saraiva, mas minha paciência ainda estava em um nível aceitável, apesar da TPM.

Quando estava chegando a minha vez, ouvi as pessoas da frente comentando: “Como assim, acabou?” Fiquei tensa, suando, bufando... Só faltava sair fumacinha dos ouvidos. Fui confirmar com a atendente e, de fato, só restavam os lugares mais caros. Com a verba limitada (pobre é uma merda), saí da fila com o rabo entre as pernas, já de mal humor.

Encontrei minha família e resolvemos jantar. Não sou uma pessoa que desconta raiva ou stress em comida, mas naquela noite tudo o que eu queria era um hambúrguer. Só que ninguém mais queria. Eles queriam comer massa no Ragazzo, então pensei com meus botões: “Ok, peço um hambúrguer lá!”

O restaurante fica do lado de fora do shopping e, ao entrarmos, fui procurar o toalete. Só encontrei a pia! Ou estava muito cega, ou não tinha banheiro naquele lugar! Perguntei para o garçom, e ele disse que era regra do shopping, e que eles não poderiam ter toaletes no restaurante – a pessoa teria que entrar no shopping para fazer o que ninguém mais poderia fazer por ela (mas é claro!)

Tudo bem, eu não estava apertaaaada, dava pra comer e ir depois. Mas isso agravou o estado Tepeêmico em que me encontrava. Sentei, com cara de bunda, e pedi um hambúrguer e um suco de abacaxi, NADA MAIS. E esperei. Então a garçonete se aproximou da mesa e disse: “Não temos hambúrguer.” “Como não tem hambúrguer?” (Eu estava indignada, pois é o básico! Se eles não tivessem manjericão eu até entenderia) E ela disse, apontando para um menininho que estava na mesa ao lado: “Acabamos de vender o último para aquele menino.”

Grrrrrrrrrr... Estado tepeêmico piorando, piorando... [alerta-alerta-alerta] Disse a ela que pensaria um pouco e que depois faria o pedido. Pouco tempo depois a garçonete (lazarentaaaaa) volta, com um sorriso no rosto e diz: “Quem pediu suco de abacaxi?” “Eu, por quê?” (sim, eu fui grossa)

“Porque acabou!” O_O

E ainda teve a coragem de dizer: “Ela tá com azar hoje, né?” Quase matei a desgraçada. Além de não ter porra nenhuma ainda vem zoar? Minha família rachando o bico, é claro. Chorei de raiva. Literalmente.

O mais engraçado é que você sabe que está na TPM, você sabe que está sensível e que pode fazer merda, você sabe de tudo o que se passa com seus hormônios. Mas não dá pra controlar!!!

Depois ainda ouvi: “Tieko, acho que vou morar minha vida inteira com você, pois pelo menos uma vez ao mês eu vou rir muuuuito”

¬¬’

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ela Está de Volta

Redondilhas (não muito) felizes...


Acordei esta manhã
Sem querer me levantar
Não queria nem olhar
Pra cara da minha irmã

Quando então me olhei no espelho
Vi que estava gorda e feia
De roupão, chinelo e meia
E com meu rosto vermelho

Um desejo incontrolável
De devorar chocolate
Cortar pulsos com alicate
De quem me chamar de instável

Tento escolher uma roupa
Não há nada pra vestir
E não adianta insistir
Com essa cara de louca

A espinha o dedo espreme
Que vontade de gritar
Quando é que vai acabar
A maldita TPM?

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Uma Longa Jornada

Você (mulher) está no shopping e fica com vontade de ir ao banheiro... O que acontece?
1- Procura o banheiro feminino

2- Encontra-o acompanhado de uma fila quilométrica

3- Após anos de espera, chega a sua vez

4- Ao fechar a porta
4.1- Não há onde pendurar as sacolas e a bolsa
4.2- Não há papel
4.3- Argh!!!

5- Hora de aliviar-se
5.1- Forra o chão com quilos de papel (sorry, Amazônia) e coloca as coisas no chão ou deixa tudo pendurado nos ombros
5.2- Volta para a fila quilométrica ou procura a senhora que limpa o banheiro para solicitar o papel
5.3- Volta para a fila quilométrica ou encara o monstro do banheiro

6- Agacha para não entrar em contato com o vaso sanitário e aproveita para treinar agachamento (não sei pra quê pagar aquela academia, né?) As pernas ficam dormentes e começam a tremer, os pés dóem dentro do scarpin, e você se sente uma catarata do Iguaçu.

7- Tudo ok! Você demora uns minutos para voltar à posição normal, já que travou as costas e a bacia quando agachada, mas pelo menos conseguiu fazer o que tinha que fazer.

8- Lava as mãos e retoca a maquiagem.

9- Confere se está tudo certo.

10- Sai do banheiro de cabeça erguida, como uma guerreira que acabou de ganhar uma batalha impossível. Vitoriosa, gloriosa, glamurosa e... aliviada. Mal percebe seu próprio sorriso, até encontrar seu namorado e ele perguntar: "Nossa, por que demorou tanto? Já fui e já voltei! Ah,já seeei, era número 2, né? Hohohoho..."

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Lugares...

Dois lugares onde você encontrará as últimas novidades do mundo fútil: academia e salão de beleza. Pode parecer uma revolta, mas é fato.

Imaginemos o primeiro local. Ao entrar na sala de musculação o que vemos é um monte de homens bombados (outros nem tanto) e mulheres que tentam entrar em forma (algumas até que estão conseguindo... mais ou menos). Não quero dizer que todos os que freqüentam a academia são assim, tenho inúmeros amigos onde treino, mas convenhamos que a grande maioria está lá para ficar igual aos modelos de revista/se exibir para o sexo oposto (ou do mesmo sexo, também).

É até engraçado analisar as situações que, por acaso, se tornam rotineiras nesse tipo de ambiente. Uma delas é aquele grupinho de duas ou mais mulheres escandalosas comentando alguma coisa totalmente sem sentido para chamar a atenção, ou comentando da vida alheia, da roupa da aluna nova, do marido de não sei quem, do cabelo da outra lá, etc. Ontem mesmo presenciei uma cena reprovável. Estavam exibindo uma entrevista com o Kaká no telão, e duas mulheres começaram a “ter chiliques” ao vê-lo, comentando que ele é “fofo”, entre outros, se utilizando de um tom de voz extremamente desnecessário (e olhando para os caras sarados para ver a reação deles). Nada contra o Kaká (que pra mim não tem a mínima graça), mas não precisa de tudo isso, né? Um moleque, sem nenhum atrativo, ah... ok... Vocês entenderam!

Outra situação é quando o cara sarado, tipo “macho-alfa” começa a desfilar pela academia. Ele faz uns exercícios, desfila, conversa, desfila... E ainda faz questão de passar na frente de todas as mulheres presentes para mostrar-lhes a quantidade de músculos que um homem pode ter! Mas é só isso que ele tem, tadinho. E por mais que seja “o gostosão”, precisa se auto-afirmar o tempo todo, e se uma mulher ignora sua presença, ele faz questão de encontrar uma forma de chamar-lhe a atenção. Obviamente, há muitas mulheres que correm para “tirar uma casquinha”, sentir os músculos, e tal.

Mas mudando de assunto, vamos para um local onde a maioria das pessoas é do sexo feminino. Suponhamos que você resolva fazer as unhas, certo? Você senta, e a manicure começa a tirar a cutícula. Nesse curtíssimo período de tempo você já ficou sabendo de tudo o que aconteceu na novela, o que aconteceu com o vizinho da mulher ao lado, entre outros fatos super interessantes! Nada como fazer as unhas para ficar antenada. Melhor que isso, só conversando com sua depiladora sobre qualquer assunto, e a outra depiladora surgir do nada para palpitar! Às vezes me sinto meio anti-social nesses locais... Mas pior que isso é quando aparece um cara para ser atendido por uma podóloga e fala: “Já posso tirar a roupa? Ops, o sapato...”

Escrevi tudo isso, mas não posso negar que gosto de estar nesses locais (academia mais!). O negócio se torna até divertido, de tão previsível que é! Pode ser irritante, mas sempre será engraçado!

Você pode até arranjar amigos nesses locais, mas acho que, para a própria saúde (mental), o melhor é focar nos seus objetivos, seja a musculação ou as unhas.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Meu dia de metrossexual

O Homem (o todo, não o gênero) tem esse estranho ciclo: quando menor, quer parecer grande, quando grande, quer parecer menor. Meu sonho de guri era ter aquelas barbas estilosas de mocinho de Hollywood; hoje eu acordo o Saddam Hussein pós confinamento a cada 3 dias e odeio isso. É fato pra quem tem: barba é um saco.

Mas hoje eu tive uma experiência diferente: tudo começou com um pelo encravado na altura do bigode, que vinha inflamando já faz um tempo. Decidir dar um fim ao cujo arrancando-o com uma pinça que uma das mulheres de casa guarda no armário. Bing! Eis o pelo fora em uma puxada não muito forte. Foi então que eu pensei "será que tirar o bigode todo assim é tão ruim?".

Pois bem, aceitei o desafio. Os primeiros fios começavam a sair, e puxada a puxada a dor aumentava. Em particular, algumas áreas doiam absurdamente mais. Revezava os lados para manter a dor 'constante' dos dois lados. Os pelos próximos ao nariz me irritavam profundamente (eu estou gripado) e os perto dos lábios doem absurdos. Foi inevitável um lacremejamento, mas segui a diante.

Constatei algumas coisas interessantes:

- a raíz dos pelos do meu bigode são imensos (não é a toa que essa desgraça brota na minha cara, mesmo um dia depois de fazer a barba);

- o negócio se torna uma compulsão: conforme você vai vendo sua pele 'lisinha', você começa a ficar com mais vontade de deixar o negócio nos trinques;

- tirar pelos com a pinça dói pra caralho;

Os resultados? Definitivamente meu bigode ficou fantástico! Nem o Mach3 conseguiria deixá-lo tão liso e sem aqueles pontinhos pretos. Vale a pena? Depende da sua paciência e tolerância a dor.

Tudo isso para sintetizar que vocês mulheres são realmente heroínas. Vá lá que vocês não depilam a perna com pinça, mas a dor para alcançar esse padrão de beleza é algo no mínimo digno da nossa consideração. Ou pelo menos da minha, a partir de agora.